40 anos do golpe <br> e invasão de Chipre
Assinalando a passagem do 40.º aniversário do golpe de Estado promovido pela junta de Atenas com o partido fascista cipriota EOKA B', que em Julho de 1974 derrubaram o presidente eleito da República de Chipre, Makarios III, 28 Partidos Comunistas e Operários subscreveram uma declaração conjunta na qual lembram que a Turquia aproveitou o golpe para «concretizar as suas ambições expansionistas em Chipre, invadindo ilegalmente a ilha» e ocupando 37 por cento do seu território, e notam que a situação mantém-se e agrava-se, através da «política de colonização massiva», em «flagrante violação do direito internacional» e dos «direitos humanos e liberdades do povo de Chipre».
«O Golpe de Estado e a invasão», cujas «trágicas consequências Chipre ainda experimenta», foram «preparados e executados com os EUA e a NATO», acusa-se ainda no texto, antes de se sublinhar que «o problema de Chipre é, no fundamental, um problema internacional relativo a uma invasão e ocupação ilegais».
No documento, os partidos comunistas e operários denunciam «a intransigência política da Turquia e da liderança cipriota-turca» e a «inaceitável tolerância da “comunidade Internacional” para com uma ilegalidade com 40 anos», e exigem «a solução do problema de Chipre tão cedo quanto possível na base do Direito Internacional e das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas».
Os signatários realçam que «a solução tem de restaurar os direitos humanos e as liberdades no quadro de uma federação bicomunal e bizonal de igualdade política», frisam que «a paz duradoura permitirá, na prática, a reunificação, independência e liberdade para todo povo do Chipre», e exigem que se investigue «o destino dos desaparecidos durante a tragédia» e «expressam a sua total solidariedade para com o povo cipriota e a sua luta».
Assinaram o comunicado, até anteontem, os partidos comunistas Português, do Bangladeche, Valónia-Bruxelas (Bélgica) e Alemão; na Dinamarca, da Grã-Bretanha, Grécia, Finlândia; Francês, da Índia, Iraquiano e dos Comunistas Italianos; da Refundação Comunista (Itália), Libanês, do Luxemburgo, do México e das Filipinas; da federação Russa, Sul-Africano e Sírio; dos EUA e da Venezuela; bem como o Novo Partido Comunista da Grã-Bretanha, o AKEL de Chipre, o Partido Comunista Unificado da Geórgia, os partidos dos trabalhadores Húngaros e da Irlanda, e o Partido do Povo do Irão.
Além das organizações pertencentes à lista da Solidnet, subscreveu o texto o Die Linke, da Alemanha.